Minha Cidade Mamanguape!

A antiga área de ocupação da cidade compreendia territórios hoje pertencentes dos outros dez municípios da região, contando com praias como Barra de Mamanguape e Praia de Campina, hoje pertencentes a Rio Tinto. A foz do rio Mamanguape e suas adjacências já eram frequentadas por navegantes franceses, antes dos portugueses iniciarem a colonização da Paraíba, em 1575. No fim do século XVI e começo do século XVII, Mamanguape principiou a ser colonizado, destacando-se o pernambucano Duarte Gomes da Silveira, como o mais esforçado dos seus povoadores. Iniciaram os portugueses o aldeamento dos Potiguares e o levantamento de engenhos na região, quando se positivou a invasão dos holandeses, dando-se o abandono da aldeia que seria sede da região.

Seu apogeu se deu entre 1850 e 1905: De acordo com o livro Espaço e teatro: do edifício teatral à cidade como palco, a economia do município "cresceu assustadoramente entre os séculos XVIII e XIX em função da exportação e importação através do seu Porto de Salema".

No século XVIII já contava com casarões, sobrados e casarios revestidos por azulejos portugueses que desembarcavam diariamente no antigo porto. Com a atribuição de Vila, o município passou a fazer rivalidade direta com a Capital, visto que Mamanguape devido à sua localização estratégica com território vasto e rico para o plantio não só da cana de açúcar, passou à ter contato comercial direto com a praça do Recife (no vizinho Estado). O Eixo comercial e cultural entre Mamanguape e Recife que desde a colonização do Estado da Paraíba existira, estava mais forte do que nunca e para acrescentar, a Vila de Areia importante comprador e distribuidor no Agreste e Brejo do Estado fez laços para com as outras duas cidades.

A Capital do Estado ficou excluída do Eixo comercial e cultural Recife-Mamanguape-Areia. Tal eixo, foi responsável por um fato curioso: Na década de 1850 Mamanguape tornou-se a primeira cidade do Estado a possuir um Teatro, o "Santa Cecília", e Areia a segunda (ambas com peças teatrais regionais e da Europa).

Cidade histórica

Riqueza

Atribuem-lhe o título de "Rainha do Vale", porque encontra-se no vale fértil do Rio Mamanguape, o que a torna uma grande produtora de commodities agrícolas. Graças ao acidente geográfico natural, o Rio Mamanguape, é um importante centro pesqueiro no interior do estado, exportando toda a sua produção excedente aos municípios vizinhos.

O setor de comércio e serviços é diversificado, sendo o responsável pelo abastecimento de toda a região. A conexão de Mamanguape com a rodovia BR-101 permitiu que o município se tornasse um grande centro logístico no interior do estado.

Relevâncias

Presídio da província da Parahyba, com início da construção datado de 1853;
Igreja Matriz de São Pedro e São Paulo, construída pelos Jesuítas por volta de 1630 com arquitetura do barroco tropical;
Igreja Nossa Senhora do Rosário, edificada por escravos negros por volta de 1700, também com estrutura barroca;
Centro Cultural Fênix (Antigo Mercado Público) com construção do século XIX;
Rua do Imperador e seus casarios, incluindo os casarões em que se hospedaram em visita ao município Dom Pedro II e sua comitiva, além de sobrado;
Monumento aos 100 anos de fundação de Mamanguape, inaugurado no ano de 1955 na praça 25 de outubro, área central;
Engenho na comunidade de Camaratuba datado do século XVI (um dos primeiros do Estado);
Ponte férrea sobre o Rio Mamanguape;
Igreja de São Bento, construída no século XIX no Engenho Itapecirica;
Casa Grande e ruínas do Engenho Itapecirica;
Reserva Biológica Guaribas (REBIO Guaribas), com área de preservação ambiental extensa e de suma importância para o macaco Guariba. Tal Área de Preservação está situada as margens da rodovia 071, próximo ao entroncamento com a BR 101 Norte (sentido Natal-João Pessoa);
Estação Ecológica Pau Brasil, de responsabilidade do governo do Estado no distrito de Pitanga da Estrada uma importante área de preservação da espécie Caesalpinia echinata que tem risco de extinção no país;

O primeiro homem a voar era paraibano. Isto aconteceu entre 1690 e 1710, quando ele fez os primeiros voos com um aparelho mais pesado que o ar, no Brasil. Seu nome era Marcos Barbosa, natural de Mamanguape. Ele voou quase 300 anos antes de Santos Dumont (em 1906), e também de Otto Lilienthal (em 1848), que é considerado o pai dos planadores

― Hilton Gouvêa, Jornal A União.